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Os sistemas tradicionais de impermeabilização não solucionam adequadamente as infiltrações em áreas ou estruturas sujeitas a grandes pressões negativas, tais como galerias de drenagem, casa de força de barragens e PCH’s enterradas, barragens de contenção (jusante) e estruturas diversas instaladas abaixo do NA. Nestes casos são utilizadas tecnologias especiais para estancamento.

O método atual mais eficaz para este tipo de situação consiste nas as injeções de resinas (poliuretano, epóxi ou acrílicas) através de bombas de alta pressão, buscando-se o completo preenchimento do canal de fluxo (fissuras, trincas, juntas), estancando as infiltrações e protegendo o concreto e a armadura. As resinas a serem aplicadas podem ser flexíveis ou rígidas dependendo do comportamento da estrutura no que se refere a trabalhabilidade.

ESPUMA DE POLIURETANO e GEL DE POLIURETANO FLEXÍVEL – Estas resinas são aplicadas em locais onde se deseja apenas a impermeabilização, não são estruturais por se tratar de material flexível após a reação dos componentes, permitindo assim a trabalhabilidade da estrutura sem comprometer a estanqueidade da região tratada. Por ter uma rápida reação, em torno de 10 segundos, a ESPUMA é aplicada em locais fluxo considerável de água. Dado a alta porosidade ela serve apenas como impermeabilizante provisório estancando momentaneamente o fluxo e permitindo a aplicação de GEL FLEXÍVEL sobre pressão como vedante definitivo, sem que este seja expulso dos canais de fluxo antes do fim do período de sua trabalhabilidade. Em fissuras secas, ou com baixo fluxo, a aplicação de ESPUMA é desnecessária.

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MATERIAL RÍGIDO – Esta classe de resinas, normalmente epoxidicas, é empregada onde se deseja a monolitização de blocos ou partes. Por ser um material de baixíssima elasticidade deve ser empregado apenas em locais onde não haja trabalhabilidade significativa na região tratada. O material é empregado com objetivo principal de ter função estrutural, provocando indiretamente a impermeabilização da região, dado ao preenchimento dos vazios existentes. Este tipo de injeção é bastante utilizado em elementos estruturais que apresentam fissuras que ultrapassam o ELS-F (Estado Limite de serviço – Fissuras), com objetivo de proteger a armadura e garantir o desempenho da estrutura no que se refere a degradação provocada por fissuramento.

As resinas são aplicadas através de “bicos de injeção” que podem ser instalados na superfície do concreto (bicos de adesão) ou em furos de pequeno diâmetro feitos com martelete elétrico (bicos de perfuração).

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Quando a aplicação se der por bicos de perfuração, ou obturadores, os furos terão diâmetros entre 10 e 14 mm e serão direcionados, durante o processo de perfuração, para atingir o canal de fluxo a montante do ponto de merejamento, ou o meio do plano da fissura ou trinca. A tendência do material ao ser injetado através de bicos de perfuração é ter um espalhamento radial ao longo do plano da fissura, assim durante o processo de perfuração é canalizado esforço para tentar atingir/cruzar o plano de ruptura (fissura ou trinca) na metade da espessura do bloco ou parede. Para tanto são utilizadas brocas de perfuração com até 1 metro de comprimento.

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Quando a instalação se der por bicos de adesão os mesmos serão simplesmente aderidos a superfície de concreto, sobre a fissura ou trinca, por meio resina epóxi de alta resistência. Neste caso o espalhamento do material assume o formado de meia seção circular e o espaçamento entre os bicos deve propiciar o tangenciamento destes semicírculos. Após as injeções e cura do material os bicos são retirados e os furos são preenchidos com argamassa de reparo finalizando-se o processo.

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